Semana Nacional da Vida



A Semana Nacional da Vida parte da dinâmica de defesa da vida e começou a ser celebrada bem antes de sua oficialização pela CNBB em 2005.
A Igreja, fundada sobre a Palavra de Deus, defende e instrui o homem como protagonista em favor da vida. Não é de hoje que os documentos da Igreja trabalham o tema da vida e sua defesa.
Nestes 30 anos da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, do Beato João Paulo II, percebemos claramente que Família e Vida são os dois grandes pilares da Igreja. No número 30 deste documento, lemos o seguinte: "A Igreja é chamada a manifestar novamente a todos, com uma firme e mais clara convicção, a vontade de promover, com todos os meios, e de defender contra todas as insídias a vida humana, em qualquer condição e estado de desenvolvimento em que se encontre".
Com efeito, o anúncio do Evangelho da Vida é "particularmente urgente diante da impressionante multiplicação e agravamento das ameaças à vida das pessoas e dos povos, especialmente quando é
fraca e indefesa"(Carta Encíclica Evangelium Vitae, 3), afirma o Beato João Paulo II, que foi um grande defensor da vida.


“A Semana da Vida (01 a 07 de outubro) e Dia do Nascituro (08 de outubro), instituídos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é ocasião especial para colocar em evidência o valor e beleza desse DOM PRECIOSO QUE RECEBEMOS DE DEUS. De modo especial, salientamos o valor sagrado da vida humana, em todas as suas dimensões. Diante de tantos ataques que a vida vem sofrendo em nossos dias, é missão do cristão e da Igreja reafirmar sua importância inestimável e inegociável. A vida é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.
Por ocasião do lançamento, alguns anos atrás, a CNBB, através da Comissão Vida e Família, distribuiu folder motivador com os seguintes argumentos: “O Evangelho da vida está no centro da mensagem cristã (Evangelium Vitae, 10). Deus, que é o Senhor da Vida, confiou aos homens o nobre encargo de preservá-la. (Gaudium et Spes, 51). Por isso, a Igreja declara que o respeito incondicional do direito à vida de toda pessoa - desde a sua concepção até a morte natural - é um dos pilares sobre o qual se assenta toda a sociedade e um Estado verdadeiramente humano.
Defender este direito primário e fundamental à vida humana é um dever de Estado. Atuar em favor da vida é contribuir para a renovação da sociedade através da edificação do bem comum. Não é só a guerra que mata a paz. Todo crime contra a vida é um atentado contra a paz. O aborto é um crime contra a vida e contra a paz, pois a vida individual e a paz geral estão estreitamente ligadas.”
 (...)Entendemos que nascer é um direito da criança. A mãe é dona do seu corpo, mas, não é dona da vida que traz no seu ventre. Preocupa-nos, igualmente, a eutanásia sob o argumento de “direito de decidir sobre a própria vida”. Repudiamos toda e qualquer violência contra o ser humano: o trabalho infantil e escravo, o racismo, os sequestros para fim de exploração sexual e tráfego de órgãos, além dos maus tratos dos nossos idosos(as) abandonados nas ruas, nos abrigos ou no próprio lar. Aumenta, cada vez mais, o número de adolescentes e jovens, entre 15 e 25 anos, exterminados, em nosso País, sem falar no crescimento das drogas (lícitas e ilícitas), condenando as famílias a um verdadeiro martírio, enfrentando grandes lutas, sem sinais de esperança.
Eis a razão do nosso grito profético! Temos esperança que ecoe, especialmente, no coração daqueles(as) que utilizam argumentações várias para contestar os princípios da moral e da ética cristã em defesa da vida.”

“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” Jo.10,10 

*Arcebispo de Olinda e Recife. (Trechos de um artigo)