Os Primeiros milagres

26 de fevereiro
A água milagrosa operou o primeiro milagre. O bom pároco de Lourdes havia pedido um sinal, e em vez do pequeno que havia pedido, a Virgem acabava de dar um sinal muito grande, e não somente a ele, mas a toda a população.
Havia em Lourdes um pobre operário dos canteiros, chamado Bourriette, que vinte anos antes havia tido o olho esquerdo severamente atingido por uma explosão de uma mina. Era um homem muito honrado e muito cristão, que mandou a filha buscar água na nova fonte e se pôs a rezar, embora estivesse um pouco suja, esfregou os olhos com ela. Começou a gritar de alegria. As trevas haviam desaparecido, não lhe restava mais do que uma leve nuvem, que foi desaparecendo enquanto lavava.
Os médicos haviam dito que ele jamais se curaria. Ao examiná-lo novamente não sobrou outra alternativa que chamar o ocorrido por seu nome: milagre. E o maior foi que o milagre havia deixado as cicatrizes e lesões profundas da ferida, mas havia devolvido mesmo assim a vista.
Muitos milagres continuam ocorrendo em Lourdes, havendo no santuário sempre uma multidão de doentes.

01 de março
Uma mulher de Lourdes, Catarina Latapie, vai à gruta, imerge seu braço paralisado na água da fonte e, o braço e sua mão ficam curados.
Hoje, esta fonte chega a fornecer: 122.000 litros por dia. É uma simples água, potável, pura, com uma temperatura de 12 graus; e a própria Bernadete dizia: "Usem desta água como um remédio... Mas tem de ter fé, é necessário rezar! Esta água não tem nenhum valor sem a fé".
Sobre as torneiras de Lourdes se pode ler: "Lave o seu rosto, bebe desta água e reze ao Senhor, para que purifique o seu coração". Hoje, também tem as piscinas, que, todos os anos, cerca de 400.000 peregrinos se imergem nestas águas. Este é um gesto e uma resposta ao convite que a Virgem Imaculada fez à Bernadete, em 25 de fevereiro 1858: "Vai beber e lavar-se nesta fonte".

4 de março
Seguindo seu costume, Bernadete, antes ir à gruta, assistiu á Santa Missa. No final da aparição, teve a grande tristeza, a tristeza da separação. Voltaria a ver a Virgem?
A Virgem sempre generosa, não quis que terminasse o dia sem uma manifestação de sua bondade: um grande milagre, um milagre maternal.
Um menino de dois anos estava já agonizando, chamava-se Justino. Desde que nasceu teve uma febre que ia pouco a pouco destruindo sua vida. Seus pais, nesse dia, o deram por morto. A mãe em seu desespero o pegou e o levou para a fonte. O menino não dava sinais de vida. A mãe o colocou 15 minutos na água que estava muito fria.
Ao chegar em casa, notou que se ouvia com normalidade a respiração do menino.
Ano dia seguinte Justino acordou com a fronte fresca e viva, seus olhos cheios de vida, pedindo comida e suas pernas fortalecidas.
Este fato comoveu a toda a comarca e logo toda a França e Europa; três médicos de grande fama certificaram o milagre, chamando-o de primeira ordem.