“Mutirão de confissões” prepara fiéis para a Páscoa

Aconteceu, na noite desta última quinta-feira, 27 de março, na matriz e na comunidade Santa Clara o mutirão de confissões, que contou com a presença do nosso pároco Padre Gil e cerca de 14 padres da forania Nossa Senhora Imaculada Conceição.

Realizado na quaresma, um tempo de reflexão e sacrifícios, o Mutirão de Confissões, teve como objetivo preparar os fiéis para a Páscoa do Senhor, através da realização das confissões, e iniciou-se às 19 horas, após a adoração ao Santíssimo Sacramento (que ocorre todas as quintas-feiras na matriz), e nem a rápida chuva que caiu nesse horário impediu que os fiéis de nossa paróquia comparecessem ao mutirão, para através do mesmo irem ao encontro de Cristo pedir o perdão pelos seus pecados.

De forma tranquila, os fieis se organizaram com a ajuda dos ministros de nossa paróquia em filas para se confessaram nas salas e dentro da própria igreja, onde os padres estavam atendendo-os, e após terminarem cumpriram suas penitencias e seguiram para suas residências. 

Após o termino das confissões, em um clima tranquilo de missão cumprida, nosso pároco Padre Gil, os padres convidados e a equipe de trabalho se confraternizaram em um jantar.


Para finalizar, a fim de tirar algumas dúvidas, conversamos com Padre Anchieta sobre o sacramento da confissão:

Mariana – Então Padre Anchieta, por que de se confessar?

Padre Anchieta – A confissão é um ato de humildade, de reconhecimento da misericórdia de Deus, da vontade de superar as suas fraquezas. O pecado é a fraqueza humana, são nossas fraquezas humanas diante da quaresma, que é um tempo forte, de penitencia; então o cristão é convidado a fazer parte e a buscar, a reconciliação e o perdão, é um sacramento da igreja e quem busca esse sacramento busca realmente viver na paz de si e também na sua consciência, que possa habitar em paz.

M – Por que a igreja pede que se confesse pelo menos uma vez ao ano?

P.A – Justamente, porque o cristão possa assim purificar a si mesmo, purificando a si mesmo ele purifica a sua família, a comunidade, a igreja e o mundo, e na realidade a confissão é pra isso, é pra que o cristão possa fazer esse retorno, ser uma pessoa nova em cristo, deixar de ser um velho homem, cheio de pecado, buscando ser esse novo homem e que Cristo nos aponte e que nos ensina.

M – Há algum motivo em especial para pedir que se confesse antes da páscoa?

P.A – Cada um deve procurar, se tem necessidade, deverá procurar buscar a confissão quando ele achar necessário. Eu, por exemplo, a cada 2 meses, eu sempre procuro confessar, deveria ser até mais; e o cristão fica nessa liberdade, ai o Padre deve ter esse horário na sua paróquia , também para ter esse dia para que possa atender as pessoas, e que elas saibam esse dia destinado a confissão. E a confissão é pra isso, ela traz libertação, ela traz cura, ela traz libertação de tantos pecados, às vezes até antigos, daquelas pessoas que as vezes há muitos anos que não confessam, e é a forma que tem de se associar ao Cristo na cruz, porque na cruz Jesus perdoou todos os nossos pecados, derramando seu sangue, o sangue do perdão dos pecados, e ele vai até dizer aquela frase “Pai, perdoai-vos, eles porque não sabem o que fazem”.

M – Então, Padre Anchieta, como o senhor já tinha começado a comentar, não existe um tempo certo pra se confessar, o ideal é que se confesse ao menos uma vez no ano e depois se houver necessidade de se confessar mais vezes, o tempo em que essa confissão acontecerá pode ficar a critério do cristão?

P.A – Fica a critério da própria pessoa, então o tempo da quaresma é o tempo mais apropriado, é um tempo que nos chama a uma conversão, é um tempo muito forte, a própria liturgia, a via sacra, as orações, a campanha da fraternidade, tudo leva a gente a fazer uma reflexão mais profunda de si mesmo, porque a confissão é um olhar pra si mesmo e ver eu diante de mim mesmo, diante do outro, diante de Cristo, diante das coisas, da natureza, como é que está minha vida, o que eu tenho que fazer para melhorar, pra conformar minha vida ao senhor da história, ao próprio Cristo.

M – Há pessoas que não vem às confissões, estão há bastante tempo sem vir. Qual seria uma forma dessas pessoas passarem a vir à confissão, a virem de coração aberto?

P.A – Eu penso que nós temos que formar a consciência das pessoas, formar opinião, e ai a catequese, muitas vezes, muito fraca lá na infância, na própria família, que a família também é a primeira catequista, se a família der uma boa catequese ela vai ajudar os próprios filhos a buscar o sacram

ento, se a catequese for fraca as pessoas não vão buscar e tudo depende realmente é desta condição da pessoa ter consciência do pecado, buscar arrepender-se sinceramente de coração e desse arrependimento fazer esse propósito de mudança de vida, ai ele vai confessar e cumprir a penitencia, são os passos inclusive da confissão, as vezes falta na pessoa é um melhor conhecimento e muitas vezes nosso povo sofre, dizia o profeta  que o nosso povo sofre por falta de conhecimento, agora nossa liturgia, a própria quaresma tem que ajudar os cristãos a preparar bem para a confissão, se há uma boa preparação as pessoas sentem necessidade e buscam o sacramento.